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O Brasil se estabeleceu como o maior produtor mundial de panetones, superando o país de origem da iguaria, a Itália, e seu vizinho, o Peru. Com uma produção anual que atinge a marca impressionante de 480 milhões de unidades, o país demonstra a força de seu agronegócio e da indústria de alimentos, transformando o tradicional pão natalino em um ativo econômico de escala global.
O volume de panetones fabricado anualmente no Brasil é superior à soma da produção do Peru (230 milhões de unidades) e da própria Itália (220 milhões de unidades), que ocupam o segundo e terceiro lugares, respectivamente. Essa liderança é um reflexo da forte tradição estabelecida desde a chegada em massa de imigrantes italianos no século XX, que trouxeram a receita e impulsionaram a "revolução comercial" do produto na América do Sul.
Apesar de ser um produto sazonal, o panetone movimenta uma cadeia produtiva complexa que envolve o agronegócio (farinha, manteiga, gemas de ovo, frutas cristalizadas) e a indústria de confeitaria. A alta demanda e o volume de produção exigem uma logística e um planejamento industrial que se tornam um termômetro da economia natalina. A produção em massa, no entanto, não diminui a complexidade do produto, que é considerado por chefs confeiteiros como o mais difícil de se fazer no mundo, exigindo grande savoir-faire.
A posição de liderança do Brasil no mercado de panetones é um excelente exemplo de como a tradição cultural pode se converter em um negócio de escala e relevância global. Ao dominar a produção de um item tão simbólico do Natal, o país não apenas atende a uma demanda interna massiva, mas também se posiciona como um player dominante em um nicho de mercado internacional. Esse domínio industrial, que supera até mesmo a Itália, mostra a capacidade do Brasil de absorver e escalar a produção de alimentos complexos, gerando empregos e movimentando a economia em um período crucial do ano.
Texto: Lua F.





