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Iphan reconhece tacacazeiras como Patrimônio Cultura do Brasil e impulsiona a economia amazônica

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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu o Ofício das Tacacazeiras da Região Norte como Patrimônio Cultural do Brasil, inscrevendo-o no Livro dos Saberes. A decisão foi tomada nesta terça-feira, transcende o valor cultural e gastronômico, posicionando o ofício como um ativo de grande relevância para a economia criativa e o empreendedorismo feminino na Amazônia. O tacacá, um dos pratos mais simbólicos da região, preparado com o tucupi (caldo extraído da mandioca), é muito mais do que uma receita.


O Iphan destacou que o ofício compreende um conjunto integrado de práticas agrícolas, saberes tradicionais, técnicas culinárias, modos de comercialização, formas de sociabilidade e sentidos simbólicos. Essa visão holística reconhece o trabalho das tacacazeiras como um motor de desenvolvimento que preserva conhecimentos ancestrais e gera renda para dezenas de famílias.

O reconhecimento como Patrimônio Cultural do Brasil exige a elaboração de um Plano de Salvaguarda, que terá um foco direto no desenvolvimento econômico e na melhoria das condições de trabalho das tacacazeiras. Segundo o Iphan, o plano deve incluir ações voltadas para gestão e empreendedorismo, acesso a matérias-primas e insumos, melhoria das condições de comercialização, e o direito à cidade, garantindo melhores condições de infraestrutura nos pontos de venda.

A decisão do Iphan é um marco para a valorização do empreendedorismo de base comunitária e da gastronomia paraense. Ao garantir a salvaguarda do ofício, o poder público investe na formalização e na profissionalização de um setor que é vital para a identidade cultural e econômica da região. O Plano de Salvaguarda, com seu foco em gestão e comercialização, tem o potencial de transformar as tacacazeiras em microempreendedoras mais competitivas, elevando o padrão de qualidade e o alcance de um produto que já é um ícone da Amazônia.

Texto: Lua F.

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