Os participantes do painel conheceram o chocolate da floresta, produzido pela empreendedora Izete Santos Costa, conhecida como Dona Nena.
O governador do estado, Helder Barbalho, destacou o cacau e o chocolate produzidos na Ilha do Combu, em Belém, durante sua palestra na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que ocorreu nesse domingo. Os participantes do painel conheceram o chocolate produzido pela marca Filha do Combu, da empreendedora Izete Santos Costa, mais conhecida como Dona Nena.
Em um vídeo apresentado aos participantes, Dona Nena falou sobre o seu trabalho e da sua participação na visita do presidentes da França, Emmanuel Macro, em Belém, no fim de março. "Uma pessoa fundamental e que é exemplo da nossa economia é a Dona Nena, que produz chocolate da floresta, na Ilha do Combu. Ela é um destaque de como a bioeconomia funciona em nosso Estado, que é o maior produtor de cacau do Brasil", disse o governador Helder Barbalho.
Helder, participou do painel "O papel dos vários Brasis para a Preservação do Meio Ambiente", na Brasil Conference, em Harvard, nos EUA. Além dele, participaram também Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Paulo Cunha, chefe do Setor Público da Amazon Web Services e do líder da ONG Re:Wild no Brasil, Rodrigo Medeiros. Essa última organização foi fundada pelo ator Leonardo Di Caprio.
"A COP da floresta é o momento e eu convido o mundo todo para estar lá junto com a gente. Será a COP com a maior mobilização da história. Estudantes, terceiro setor, comunidades, povos ancestrais, um verdadeiro mosaico dos que amam a floresta", destacou o governador. E o mesmo defender que a COP de Belém, marcará o retorno à discussão das soluções para os problemas ambientais que afetam o planeta e negociar acordos.
“Não haverá momento mais estratégico do que o que estamos vivendo hoje para fazer com que floresta seja a solução e vamos garantir isso por meio da bioeconomia, para que ela seja um pilar de desenvolvimento para agregar valor com as nossas essências, com as riquezas da Amazônia”, disse.
O chefe do Setor Público da Amazon, Paulo Cunha, destacou o que ficou estabelecido no acordo de Paris, da neutralização das emissões de carbono até 2050, apontando a possibilidade de antecipação, na iniciativa privada, da meta para 2040. “O acordo de Paris diz que, até 2050, temos que ser carbono zero e hoje já discutimos a antecipação dessa meta para 2040. Na Amazon, criamos um fundo de investimento para empresas, com o objetivo de neutralizar as emissões, buscando empresas e iniciativas onde poderíamos investir. Depois, a Coalizão Leaf [iniciativa global que apoia ações para reduzir os impactos das mudanças climáticas, por meio do financiamento da conservação de florestas tropicais] veio para nos complementar”
Vale ressaltar que o Pará já se encontra na Coalizão Leaf, e discute a comercialização de créditos de carbono no mercado voluntário com a iniciativa privada. Paulo Cunha destacou a construção, juntamente com o estado do Pará, do Selo Verde, iniciativa de rastreabilidade da cadeia da pecuária. "Trata-se de uma estratégia que podemos replicar para qualquer estado, em um sistema que faz o rastreamento do gado, verificado o desmatamento ilegal. Com esse exemplo de parceria público privada e acadêmica, buscamos outros projetos para replicar esse tipo de modelo", afirmou.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou que há uma grande expectativa para a COP em Belém e que o governo federal está se preparando. "Será muito importante e com essa expectativa aumenta a nossa responsabilidade. No Ministério dos Povos Indígenas estamos organizando um chamamento público para fazer a qualificação da nossa população indígena para a COP. Vamos chamar os jovens indígenas para fazer a diplomacia indígena. Vamos fazer isso para os diversos temas que são debatidos", disse a representante.
fonte: Agência Pará