Sul e Sudeste concentram 86% das companhias que vendem ao exterior
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| foto: CNI, Miguel Ângelo; |
A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio e Serviços (MDIC) divulgou nesta quarta-feira (3) que as regiões Norte e Centro Oeste lideraram o crescimento de empresas brasileiras exportadoras em 2023. O órgão elaborou um estudo com base no porte fiscal das empresas e o cruzamento de dados com origem (regiões e estados), produtos vendidos e destino das mercadorias. No ano passado, o Brasil alcançou o recorde de 28.524 firmas vendendo para o exterior, uma alta de 2% em relação a 2022. No recorte regional, o Norte teve o maior crescimento percentual: 8,8%. Na sequência, aparecem Centro Oeste (+8%), Sul (+2,6%) e Sudeste (+1,4%).
Já o Nordeste foi a única região que registrou que queda (1,6%) no total de companhias que vendem para o exterior. O resultado foi puxado pelo número de micro e grandes empresas exportadoras: -3,9% e -2,4%, respectivamente. Em compensação, a região registrou o maior crescimento percentual em relação às empresas exportadoras de pequeno porte: 7,5%.
Entre as empresas de grande porte, a maior alta percentual ocorreu no Centro Oeste, que apresentou uma elevação de 11%. Quando olhamos para as microempresas que vendem para o mercado exterior, a região que apresentou a maior alta foi a Norte, com um aumento de 10%. Apesar do notório crescimento nas duas regiões, em números absolutos, a concentração de firmas exportadoras ainda é bem maior nas regiões Sudeste e Sul. As duas respondem por 83,6% das microempresas e 87,7% das médias e grandes exportadoras.
Ainda no estudo, das 28.524 firmas exportadoras registradas em 2023, 59% são médias e grandes, 21,2% são microempresas e 18,9% são de pequeno porte. Há ainda 0,8% de empresas classificadas como não mercantis, categoria que abrange fundações sem fins lucrativos e empresas governamentais. Quando analisado o tamanho das empresas, médias e grandes exportadoras registraram o maior crescimento percentual em relação a 2022, com 3% de expansão em nível nacional. E o número de pequenas exportadoras subiu 1% e o de microempresas caiu 0,1%.
Analisando os setores de atividade econômica, o destaque ficou com a agropecuária, com crescimento de 7% nas empresas médias e grandes e de 4,5% nas de pequeno porte. A indústria de transformação também cresceu nesses dois segmentos, com expansão de 2,6% e 1%, respectivamente.
Em relação aos destinos dos produtos, a China lidera em todas as categorias, com crescimentos percentuais de 17% (pequeno porte), 9,8% (médias e grandes) e 1% (microempresas).
fonte: Maria Claudia - Agência Brasil;
