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| Reprodução; cr.: Internet; |
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) apresentou, durante a programação da COP30 em Belém, um conjunto de projetos que visam estruturar e incentivar o Turismo de Base Comunitária (TBC), consolidando uma alternativa econômica sustentável para a agricultura familiar paraense. As iniciativas, demonstradas em um painel na Arena Agritalks, na Agrizone da Embrapa, destacam-se por gerar resultados significativos de bioeconomia circular e solidária.
O TBC propõe uma imersão do visitante na fauna, flora e nas tradições locais, em roteiros alternativos que evitam a presença agressiva ao meio ambiente. A experiência turística inclui atividades como passeios de canoa pelos rios, hospedagem em sítios, consumo de comidas e bebidas típicas e a aquisição de artesanatos exclusivos, promovendo uma troca direta e respeitosa com as comunidades. Um dos destinos destacados pela Emater é a comunidade ribeirinha Nossa Senhora dos Navegantes, às margens do rio Aurá, em Belém, onde o trabalho de assistência técnica foi iniciado este ano.
De acordo com os especialistas que participaram do debate, o TBC atua como uma poderosa ferramenta de desenvolvimento regional ao fortalecer a agricultura familiar, valorizando suas histórias e, crucialmente, gerando renda. O modelo reafirma o protagonismo das comunidades, transformando o turismo em uma estratégia de orientação de práticas sustentáveis e educação ambiental. A moderação do painel ressaltou que, quando o turismo nasce do território e é conduzido por seus habitantes, ele se torna uma ferramenta de autonomia, sustentabilidade e orgulho coletivo.
A atuação da Emater, em parceria com a Secretaria de Turismo do Estado do Pará (Setur), demonstra o esforço do governo estadual em diversificar a economia rural, oferecendo alternativas de renda que não dependem exclusivamente da produção primária tradicional. Ao integrar o turismo à pauta da bioeconomia circular, o Pará sinaliza um modelo de desenvolvimento que valoriza o conhecimento tradicional e a conservação ambiental como ativos econômicos.
O Turismo de Base Comunitária, ao colocar as famílias rurais no centro da cadeia de valor e ao vincular a experiência turística à conservação e à cultura local, oferece um modelo de negócio que é, ao mesmo tempo, economicamente viável e socialmente justo. Essa abordagem não apenas aumenta a renda da agricultura familiar, mas também consolida a imagem da Amazônia como um destino de experiências autênticas e sustentáveis, alinhado às crescentes demandas do mercado global por responsabilidade socioambiental.

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