![]() |
| Reprodução; |
Com o avanço global das discussões sobre sustentabilidade e o futuro da mobilidade, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prepara-se para um marco estratégico na COP30, em Belém (PA). A entidade levará ao palco global as tecnologias nacionais de descarbonização, com foco no uso dos biocombustíveis, área em que o Brasil se posiciona como referência internacional. Essa participação busca demonstrar a liderança brasileira em soluções sustentáveis para o transporte, com alternativas viáveis e de baixo custo na transição energética global.
A estratégia da Anfavea na COP30 é clara: confrontar a visão de que os biocombustíveis competem com a produção de alimentos e destacar a eficiência do modelo brasileiro. Segundo Henry Joseph Júnior, assessor especial da presidência da Anfavea, o Brasil provou ser possível expandir o plantio de biocombustíveis e, simultaneamente, o de alimentos.
O grande diferencial competitivo do Brasil reside em sua frota. Com 87% de veículos flex, o país possui uma vantagem logística e econômica singular. Enquanto outras nações precisam investir em uma substituição completa de frota para adotar veículos elétricos, o Brasil pode fazer a transição para uma matriz automotiva de baixa emissão com um custo significativamente menor, utilizando a infraestrutura e os veículos já existentes.
Além da frota, o setor automotivo brasileiro tem um histórico de aperfeiçoamento contínuo na eficiência energética, com programas como o Inovar Auto, Rota 2030 e o atual Mover (Programa Mobilidade Verde e Inovação). Esses programas adotaram o critério "do poço à roda" para medir a eficiência, garantindo que os carros em circulação sejam cada vez mais eficientes.
Durante a COP30, a Anfavea apresentará um novo estudo, desenvolvido em parceria com a consultoria BCG, que calcula as emissões de CO₂ considerando todo o ciclo de vida dos veículos, desde a pré-produção até o descarte. A entidade estará presente em um estande compartilhado com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), participando de painéis e debates que reforçarão o papel da indústria automotiva brasileira na agenda de descarbonização global.





