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O mercado de trabalho formal no Pará apresenta sinais consistentes de recuperação e expansão, consolidando o estado como principal polo gerador de empregos na Região Norte. Segundo dados recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Dieese-PA, o estado registrou em maio de 2025 um saldo positivo de 5.058 vagas com carteira assinada, resultado de 44.981 admissões contra 39.923 desligamentos. Este desempenho não apenas posiciona o Pará como líder absoluto na geração de empregos na Região Norte, mas também o eleva ao 10º lugar no ranking nacional. O saldo de maio representa um crescimento expressivo de 45% em comparação ao mesmo período de 2024.
A performance do Pará ganha ainda mais destaque quando analisada no contexto regional. A Região Norte como um todo apresentou crescimento na geração de empregos formais em maio, com 112.270 contratações e 101.434 desligamentos, resultando em saldo positivo de 10.836 novos postos de trabalho. O dado mais significativo, porém, é que quase metade desse total (aproximadamente 47%) foi gerado exclusivamente pelo Pará, conforme apontam dados do Dieese-PA e da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster). Embora todos os estados da região tenham registrado crescimento no mês, nenhum se aproximou do volume de empregos gerados pela economia paraense, demonstrando a robustez e o dinamismo do mercado de trabalho local em um cenário de recuperação econômica pós-pandemia.
Entre os setores que mais contribuíram para a geração de empregos no Pará em maio, o destaque foi o setor de serviços, responsável por 2.848 novas vagas, seguido pela construção civil com expressivas 2.010 posições. A indústria e o comércio também apresentaram desempenho positivo, com 783 e 447 vagas criadas, respectivamente. O único setor que registrou retração foi a agropecuária, com saldo negativo de 1.031 vagas, fenômeno que pode estar relacionado à sazonalidade de algumas culturas e atividades do campo. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2025, o Pará mantém tendência consistentemente positiva, com destaque novamente para o setor de serviços (11.162 vagas), seguido pelo comércio (4.612), indústria (3.485) e construção civil (2.414), totalizando mais de 19 mil novos postos de trabalho formais criados no período.
O desempenho positivo do mercado de trabalho paraense reflete uma combinação de fatores econômicos estruturais e conjunturais. Por um lado, os investimentos em infraestrutura, impulsionados pela preparação para a COP30 que será realizada em Belém em novembro, têm aquecido significativamente o setor da construção civil. Por outro, a diversificação econômica do estado, com fortalecimento do setor de serviços e expansão industrial, tem criado um ambiente mais resiliente a oscilações em setores específicos. O secretário de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, Inocêncio Gasparim, reforçou o compromisso do governo estadual com a geração de oportunidades, destacando que os resultados são fruto de políticas públicas voltadas para a atração de investimentos e qualificação profissional.
A manutenção deste ritmo de crescimento na geração de empregos formais representa um importante indicador da saúde econômica do estado e tem impacto direto na qualidade de vida da população. Empregos com carteira assinada garantem não apenas renda estável, mas também acesso a benefícios como seguro-desemprego, FGTS, licenças remuneradas e aposentadoria. Para os próximos meses, a expectativa é que o Pará continue liderando a geração de empregos na região, especialmente com a intensificação das obras e serviços relacionados à preparação para a conferência climática e outros projetos estruturantes em andamento no estado.
Fonte: Agência Pará; Texto: Lua F.
