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AquaPraça: Inovação Italiana Impulsiona Economia Verde e Legado Sustentável para Belém na COP30

cr.: Ansa Brasil.

Em um movimento estratégico que une diplomacia econômica, inovação tecnológica e desenvolvimento urbano sustentável, a Itália apresentará na COP30 um projeto arquitetônico que promete não apenas marcar presença durante o evento climático, mas também deixar um legado permanente para a economia e o turismo de Belém. O AquaPraça, pavilhão cultural flutuante assinado pelos renomados estúdios de arquitetura Carlo Ratti Associati e Höweler + Yoon, representa um investimento internacional significativo na capital paraense, com potencial para catalisar o desenvolvimento econômico local muito além do período da conferência.

O projeto, resultado de uma coalizão público-privada internacional de alto nível, reúne recursos e expertise dos ministérios das Relações Exteriores e do Meio Ambiente da Itália, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, da Bloomberg Philanthropies, do programa Connect4Climate do Banco Mundial e do Centro Internacional para Estudos Agronômicos Avançados Mediterrâneos (Ciheam). Esta articulação de investimentos demonstra como eventos globais como a COP30 podem atrair capital estrangeiro para projetos de infraestrutura urbana sustentável, gerando empregos e fomentando a economia local.

A construção da estrutura, realizada pela empresa italiana Cimolai, referência mundial em estruturas de aço, exemplifica como a cadeia produtiva internacional pode ser mobilizada para projetos de sustentabilidade. Embora a fabricação ocorra no nordeste da Itália, a instalação e manutenção em Belém demandarão mão de obra local, criando oportunidades de transferência de tecnologia e conhecimento para profissionais paraenses.

O diferencial tecnológico do AquaPraça reside em seu sistema de adaptação automática às variações do nível do mar, utilizando princípios arquimedianos. "O conceito é simples e revolucionário: ao reter e liberar água, a AquaPraça se ajusta constantemente", explica o arquiteto Carlo Ratti. Esta solução engenhosa não apenas demonstra a aplicação prática de princípios científicos clássicos, mas também posiciona Belém como um laboratório vivo para tecnologias adaptativas às mudanças climáticas.

Com mais de 400 metros quadrados e capacidade para 150 pessoas, a estrutura flutuante em aço utilizará tecnologias inspiradas em submarinos, representando um caso exemplar de como a inovação pode ser aplicada para criar espaços públicos resilientes às alterações climáticas. Este tipo de demonstração tecnológica tem potencial para atrair investimentos em setores correlatos da economia verde, posicionando a região como um hub de soluções sustentáveis para ambientes aquáticos.

Diferentemente de muitas estruturas temporárias construídas para grandes eventos, o AquaPraça foi concebido como um investimento permanente para Belém. "Após o evento, a AquaPraça não será desmontada: ela se integrará à paisagem de Belém, servindo como espaço cultural permanente na cidade", afirma Ratti. Esta decisão estratégica transforma o que poderia ser apenas um gasto temporário em um ativo de longo prazo para a economia local.

A localização escolhida, em frente à Casa das Onze Janelas, um dos principais centros culturais de Belém, não foi aleatória. O posicionamento estratégico potencializa o circuito turístico-cultural da cidade, criando sinergias com equipamentos culturais já existentes e ampliando a oferta de espaços para eventos, exposições e atividades educativas após a COP30. Esta integração ao patrimônio cultural existente pode fortalecer o setor de economia criativa local, gerando receitas contínuas para o município.

O projeto AquaPraça representa um modelo de negócio inovador para infraestrutura urbana adaptativa, onde o investimento inicial é justificado não apenas pelo uso durante um evento de grande porte, mas pela criação de um ativo permanente com múltiplas funcionalidades. A estrutura flutuante, que durante a COP30 funcionará como "uma ágora de caráter único, centro das atividades do Pavilhão Itália", posteriormente se transformará em um espaço multifuncional para workshops, simpósios, exposições e eventos culturais.

Antes mesmo de chegar a Belém, o AquaPraça será apresentado oficialmente na 19ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, em setembro de 2025. Esta exposição prévia em um dos mais prestigiados eventos de arquitetura do mundo amplifica a visibilidade internacional de Belém como sede da COP30, potencializando o valor da marca da cidade no cenário global. A associação com estúdios de arquitetura de renome internacional como Carlo Ratti Associati e Höweler + Yoon, além da parceria com instituições como a Bloomberg Philanthropies e o Banco Mundial, posiciona Belém no mapa dos investimentos internacionais em infraestrutura sustentável. Esta visibilidade pode catalisar novos projetos e parcerias, atraindo investimentos adicionais para a região amazônica em setores como turismo sustentável, bioeconomia e tecnologias verdes.

O AquaPraça exemplifica como grandes eventos internacionais podem deixar legados econômicos tangíveis quando planejados com visão de longo prazo. Para Belém e para a região amazônica, representa não apenas uma estrutura física inovadora, mas um símbolo do potencial de desenvolvimento econômico sustentável que harmoniza tecnologia, cultura e preservação ambiental.

Fonte: DOL; Texto: Lua F.

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