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Belém vive momento positivo na construção civil às vésperas da COP30

Foto: Av. Visconde de Souza Franco; cr.: Redação.

A capital paraense está passando por uma verdadeira transformação. Um levantamento recente aponta que mais de 100 edifícios com mais de cinco pavimentos estão em construção ou com obras programadas para iniciar ainda em 2025 em Belém. Trata-se do maior volume de construções verticais da última década, com destaque para os bairros Umarizal, Nazaré e Batista Campos, que concentram os empreendimentos de maior porte.

Entre os destaques, estão a Torre Vértice, da Leal Moreira, em Batista Campos, com mais de 40 andares, e o Village Vip, no Umarizal, com 34 pavimentos. No entanto, o avanço imobiliário não se limita às áreas centrais da cidade. Bairros, considerados periféricos, como Castanheira e Tapanã também têm atraído investimentos relevantes no setor, ampliando o mapa da construção civil na região metropolitana.

Esse aquecimento está diretamente relacionado à realização da COP30, que acontecerá em Belém entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. Com a previsão de receber entre 50 mil e 60 mil visitantes, a cidade se prepara com uma série de reformas e construções voltadas tanto à moradia quanto à hospedagem alternativa.

A demanda crescente por imóveis já pressiona o setor. O mestre de obras Francisco Caxias, em entrevista para o portal ParaWebNews  relata o ritmo intenso: “Tenho oito quitinetes pra entregar e não dou conta. Um chama daqui, outro dali”. Para o arquiteto, Ricardo Garcia, que o contratou, o desafio está na contratação de mão de obra. “Tá difícil encontrar profissional, e quem paga mais, leva”, comenta.

Paralelamente, o setor hoteleiro também acelera. Segundo o empresário Izan Anijar, sua empresa está atualmente envolvida em seis projetos de hotelaria simultâneos. “Sem a COP, com certeza, não teríamos esse ritmo acelerado”, afirma. A movimentação se reflete no comércio de insumos. Lojas de móveis e materiais de construção registram crescimento de até 25% na demanda em comparação com o ano passado. Porém, o aumento da procura também tem impacto nos preços: segundo o IBGE, o tijolo subiu 12,6% em Belém nos últimos 12 meses, mais que o dobro da média nacional. 

Outros produtos também apresentaram alta, como os revestimentos de piso e parede, com reajuste de 2,73%. Em contrapartida, itens como telhas, cimento e ferragens registraram queda nos preços, ajudando a aliviar parte dos custos totais de construção.

Às vésperas de sediar um dos maiores eventos globais sobre meio ambiente, Belém passa por um ciclo intenso de verticalização, reformas e expansão da infraestrutura urbana. Os desafios, no entanto, ainda são expressivos — da escassez de mão de obra qualificada à oscilação nos preços dos insumos. Mesmo assim, a capital paraense se movimenta com vigor diante da oportunidade histórica de receber a COP30.

Fonte: ParaWebNews; Texto: Lua F.

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