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Pará impulsiona exportações nos primeiros nove meses de 2025 e apresenta crescimento de 3,6%

Reprodução;

O cenário econômico do Pará nos nove primeiros meses de 2025 demonstra uma robusta expansão no setor de exportações, com um crescimento de 3,6% e um volume total que alcança US$ 17,6 bilhões. Este desempenho notável mantém o estado na 6ª posição entre os maiores exportadores do Brasil, evidenciando a força de sua balança comercial. A China, por sua vez, reafirma sua liderança como o principal destino dos produtos paraenses, absorvendo quase metade das vendas externas. A pauta exportadora paraense continua fortemente concentrada no setor mineral.

O minério de ferro e seus concentrados representam a maior fatia, respondendo por 46,6% do total das exportações. Em seguida, destacam-se os minérios de cobre (15,1%), alumina (8,5%), ouro não monetário (4,6%), alumínio (2,5%) e carne bovina (2,5%). Felizmente, o Pará tem apresentado sinais consistentes de um avanço na agropecuária e na indústria de transformação. O aumento nas exportações de carne bovina e soja, juntamente com as melhorias na infraestrutura logística da região Norte, são fatores-chave que contribuem para essa diversificação, agregando valor à produção local e reduzindo a dependência de um único setor.

A China mantém sua posição de destaque como o principal destino das exportações paraenses, absorvendo impressionantes 46% das vendas externas do estado entre janeiro e setembro de 2025. Outros mercados importantes incluem Malásia (5,4%), Japão (3,9%), Países Baixos (3,9%) e Espanha (3,2%). Essa forte relação comercial com a China sublinha a importância do gigante asiático para a economia paraense, mas também levanta a necessidade de expandir a atuação em outras regiões.

Nesse contexto, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) tem desempenhado um papel ativo. Cassandra Lobato, gerente do Centro Internacional de Negócios da Fiepa, ressalta que o bom desempenho da balança comercial é fruto do "esforço dos exportadores locais diante de desafios como a volatilidade cambial e as tarifas impostas por outros países". A Fiepa atua para reduzir a dependência da China, buscando ampliar a presença da indústria paraense em outros mercados asiáticos e europeus. Para isso, a entidade apoia a inovação, a rastreabilidade e as certificações de qualidade, elementos fundamentais para acessar mercados mais exigentes e de maior valor agregado.

O superávit de US$ 15,6 bilhões na balança comercial paraense reflete não apenas a força dos produtos locais, mas também a resiliência dos exportadores. Produtos como sucos de fruta (+80,5%), carne bovina (+55,2%) e madeira (+0,4%) apresentaram crescimento expressivo, indicando o potencial de setores além do mineral. Através do Centro Internacional de Negócios, do Observatório da Indústria e do programa Fiepa Redes, a Fiepa oferece suporte técnico e estratégico às empresas que buscam a internacionalização. A meta é garantir que a expansão seja "segura, sustentável e alinhada ao desenvolvimento do estado", consolidando o Pará como um polo exportador diversificado e competitivo no cenário global.

Texto: Lua F.

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