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Os chocolates produzidos com amêndoas cultivadas no assentamento Tuerê, em Novo Repartimento (PA), alcançaram um feito inédito na II Edição do Prêmio Brasil Chocolate do Cacau à Barra, em São Paulo. Pela primeira vez na história do concurso, ouro, prata e bronze foram concedidos a produtos elaborados exclusivamente com cacau paraense, consolidando o Pará como referência nacional na produção de chocolate de alta qualidade. Essa conquista não apenas celebra o sabor e a excelência dos produtos amazônicos, mas também destaca o potencial econômico da bioeconomia e o fortalecimento da cadeia produtiva do cacau na região, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a valorização dos produtores locais.
As premiações foram distribuídas da seguinte forma: a C’alma Chocolate conquistou o ouro, utilizando amêndoas de João Evangelista, conhecido como “Rogério”; a Mission Chocolate levou a prata, com amêndoas de Valdemiro Brochel; e a Monjolo Chocolate garantiu o bronze, com amêndoas fornecidas por João Rios. A história dessas vitórias tem suas raízes no Festival Internacional do Chocolate e do Cacau, realizado em Belém em 2023, onde a parceria entre “Rogério” e Ariana Ribeiro, artesã da C’alma Chocolate, começou a florescer. Essa colaboração é um exemplo da sinergia entre a produção sustentável e a inovação, resultando em produtos que conquistam reconhecimento nacional e internacional.
No sítio JE, Rogério cultiva cacau em Sistema Agroflorestal (SAF), uma técnica que integra diversas espécies florestais, demonstrando o compromisso com a sustentabilidade e a preservação da Amazônia.
O sucesso dos chocolates paraenses é fruto de um trabalho conjunto que envolve o apoio técnico de instituições como a SEDAP, a Ceplac e a Fundação Solidaridad, que atuam no fortalecimento da cadeia produtiva do cacau no Tuerê.
Segundo Ivaldo Santana, coordenador do Procacau, esta é a 37ª premiação conquistada pelo assentamento, o que reforça a excelência do trabalho dos produtores e a posição de destaque do Pará no cenário nacional do cacau e chocolate. Essas conquistas não apenas geram valor para os produtos, mas também abrem novas portas para o mercado, atraindo investimentos e impulsionando a economia local. O reconhecimento em um concurso de tamanha relevância nacional projeta o Pará como um player fundamental na indústria do chocolate, com um modelo de produção que une qualidade, sustentabilidade e impacto social, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região amazônica.
Texto: Redação;
