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Foto: Premiados da Feira do Cacau e Chocolate da Amazônia. |
Em sua passagem na edição de 2025 da Feira do Cacau e Chocolate da Amazônia, em Belém, a Kakao Blumenn apresentou uma gama variada de sabores e misturas irreverentes em seus produtos expostos durante o evento. Originários da cidade de Brasil Novo, município que faz parte da mesorregião sudoeste do Pará, os produtos têm como matéria-prima principal o cacau coletado do Sítio Santa Catarina, propriedade da família de Verônica e Renato Preuss. Foi com essa matéria-prima que a Kakao Blumenn conquistou o primeiro lugar na categoria "Intenso" da feira, prêmio que avalia a qualidade da amêndoa cultivada pela empresa.
Segundo sua fundadora, Verônica, a Kakao surge de um desejo pessoal da família que já possuía um pequeno cultivo de cacau em sua propriedade, algo comum na região. O município de Brasil Novo possui a base de sua economia estruturada na pecuária extensiva de corte, comércio e prestação de serviços básicos, além de agricultura perene (cacau, café, pimenta-do-reino, frutas) e culturas agrícolas sazonais (feijão, arroz, milho, mandioca, entre outras).
Criada em meados de junho de 2020, a Kakao Blumenn possui uma cartela diversificada de sabores em seus chocolates, desde os que contêm ingredientes tipicamente paraenses, como açaí, manteiga de cupuaçu e cumaru, até os de intensidades variadas que vão de 50% a 100% de cacau.
Em seus quase cinco anos de existência no mercado de cacau regional e nacional, a marca já coleciona diferentes prêmios que reconhecem o esforço da família e de seus funcionários, que buscam manter um processo de plantio, cultivo e colheita sustentável, a fim de trabalhar de maneira que não afete agressivamente o meio ambiente. Segundo a empresa, a colheita é normalmente realizada entre os meses de abril e julho, com possibilidade de ocorrer em outras épocas do ano, dependendo das condições climáticas.
A Kakao Blumenn hoje possui cerca de três pontos de fabricação interligados que comercializam tanto o chocolate premiado produzido por eles quanto o cacau cultivado. Outro aspecto interessante sobre a marca é seu nome: segundo a história apresentada em seu site oficial, "Kakao Blumen" significa "Flor de Cacau", ideia que surgiu da filha mais velha do casal Preuss, que faleceu em decorrência de um câncer. Assim, a família decidiu manter o nome em respeito à vontade da primogênita, mantendo vivo o seu desejo.
Além da premiação em 2025, a Kakao possui reconhecimentos regionais como no Festival Chocolat Xingu, realizado em 2024, onde conquistou o primeiro lugar na categoria "Inovação", com o sabor de chocolate com jambu, e o terceiro lugar na categoria "Chocolate Intenso". A marca também conta com reconhecimento nacional, alcançando o terceiro lugar na categoria "Blend" pelo Centro de Inovação do Cacau (CIC). Com todos os títulos adquiridos em seu tempo no mercado, a Kakao Blumenn assume o posto de empresa com a terceira melhor amêndoa do país, comercializando seus produtos não apenas regionalmente, mas também em âmbito nacional e internacional.
Verônica também revelou que, durante a feira, sua empresa recebeu o certificado emitido pela Adepará, atestando que a empresa cumpre as exigências do órgão para ser classificada como artesanal. Quando questionada sobre como surgem as ideias para os diferentes sabores dos produtos, a empresária explica: "Ah, eu não tenho algo muito certo. Eu só tenho a ideia, então junto a matéria-prima necessária e vou fazer os testes".
Para além dos produtos comercializados, a Kakao Blumenn também oferece uma experiência imersiva para aqueles interessados em conhecer mais do processo de criação e manufatura de seus produtos. Os interessados podem consultar como se inscrever por meio dos perfis oficiais da empresa nas redes sociais, como Instagram, Facebook e TikTok. As visitas são agendadas e permitem que o visitante passeie pela propriedade, conhecendo mais do trabalho realizado por esta empresa genuinamente paraense.
Texto: Lua F.