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A unidade de refinaria ficará em Redenção, sudeste do Pará. cr.:Petrosolgas |
Os grupos Mafra e CMAA criaram uma joint venture para a construção de uma refinaria de etanol de milho em Redenção, sudeste do estado. Os investimentos na unidade da nova Grão Pará Bioenergia, estão previstos para alcançar R$ 600 milhões ainda este ano, e R$ 2 bilhões até 2029. O Grupo Mafra é investidor da Viveo e mantém negócios agropecuários no Estado. Já a CMAA é dona de três usinas sucroalcooleiras em Minas Gerais.
Segundo as empresas, as operações de refinaria deverão iniciar-se em 18 meses, e irão gerar cerca de 600 empregos diretos e 3 mil indiretos. Elas também estimam que no primeiro ano, a refinaria produzirá 100 milhões de litros de etanol, e assim que estiver a todo o vapor deverá demandar 1,5 milhão de toneladas de milho por ano. "O cultivo de florestas de eucalipto para o fornecimento de biomassa para a geração de vapor e energia elétrica à refinaria , também será impulsionado", afirmam as sócias.
O empreendimento prevê, também, a criação de um serviço de engorda de bovinos, no qual pecuaristas poderão utilizar a estrutura da unidade para confinar animais de "boitel" e usar o DDG (dry distillers grains), subproduto da fabricação de etanol de milho, na alimentação. Os parceiros acreditam que o projeto tende a contribuir na consolidação do Pará, como uma fronteira de agricultura e pecuária sustentável, com incentivo à intensificação dessas atividades e conversão de pastos degradados em lavouras de milho.
O etanol de milho e uma fonte de energia renovável que não depende de recursos finitos. Esse tipo de combustível pode substituir parte da demanda de gasolina e contribuir para a redução da dependência externa de combustíveis fósseis. Além disso, o etanol de milho pode ser utilizado em motores flex, que são comuns no Brasil, e em veículos elétricos híbridos, que são uma tendência mundial.
O projeto deverá fomentar a produção agrícola regional, principalmente o milho, que é a principal matéria-prima para a produção do etanol. De acordo com o governo do Pará, a soja também será beneficiada, pois é uma cultura que se alterna bem com o milho, aproveitando a mesma área e os mesmos insumos. A soja poderá ser utilizada para a produção de biodiesel, outro biocombustível que pode ser produzido na refinaria.
O cultivo de floresta de eucalipto será promovido pelo projeto, que fornecera a biomassa necessária para a geração de vapor e energia elétrica na refinaria. A biomassa é uma fonte de energia renovável e limpa, que aproveita os resíduos da madeira e reduz o consumo de combustíveis fósseis. O cultivo de eucalipto também traz benefícios ambientais, como a recuperação de áreas degradadas, a proteção do solo, a conservação da água, sequestro de carbono, etc.
fonte: InfoMoney; O Empreteiro;